Obrigada

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Mesmo as coisas não tendo dado certo, eu queria te agradecer. Agradecer por ter me servido tantas e tantas vezes de inspiração para textos bobos, agradecer pelos sorrisos que você me proporcionou e pela leveza que você trazia ao meu dia e à minha rotina. Agradecer pelos abraços, conselhos, ajudas e palavras. 



Você pode achar estranho agora, e eu também, mas eu queria agradecer pelo vazio que você me deixou e pelas lágrimas que você arrancou. Tudo isso me fez amadurecer. Claro que tudo isso também me trouxe dias e momentos de tristeza em que eu só queria correr pra um abraço seu e fingir que tudo isso não passou de um terrível pesadelo. Mas é preciso de momentos assim para vermos o que estamos fazendo de errado. Para gente aprender a se valorizar e a crescer. Para descobrir o que realmente queremos e onde pretendemos chegar. Obrigada por ter me feito pensar durante tanto tempo. Por ter me feito pensar sobre você, sobre nós, mas, principalmente, sobre mim. Obrigada por ter dado a oportunidade de eu me redescobrir a cada lágrima e de me procurar em cada sorriso - aqueles que eu achava que só tinha você.

Obrigada pelos dias tristes e pelos dias felizes, pelos sorrisos e pelas lágrimas!

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Resenha: Quando eu era Invisível (★★★★★)

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Olá, leitores, tudo bem??

Hoje temos resenha de um livro que eu recebi da Astral Cultural ♥ foi um dos lançamentos desse ano e devo dizer que ele é simplesmente maravilhoso! Vamos conhecer um pouquinho mais da história??

Já peço desculpas pelo tamanho da resenha, mas esse é realmente um livro cheio de conteúdo e foi inevitável.

Ele é um dos livros que eu me propus a ler na maratona de férias, se quiser conferir, clica aqui!

 Título: Quando eu era Invisível

Autor: Martin Pistorius
Editora: Astral Cultural
Páginas: 272
Classificação: (★★★)


Quem nos conta a história é Martin (sim, o personagem e real autor do livro), já com 25 anos ele se encontra literalmente como observador passivo. Tudo acontece ao seu redor, ele observa o dia-a-dia das enfermeiras da clinica onde passa parte dos dias, escuta as suas confidências mais secretas faladas para o "nada", é quem recebe o cuidado de todas elas - algumas mais grosseiras e poucas que realmente o fazem com amor -, observa a comunhão de sua família quando chega em casa a noite, se diverte com seu pai levando-o pra casa ouvindo rádio e recebe a maioria do tratamento por olhares que veem além dele. Quase ninguém acredita que tem uma mente pensante por trás daquele ser aparentemente em estado vegetativo.



Pesado tudo isso o que eu falei até agora? Sim! O livro conta um pouco da sua história: Até os 12 anos o garoto fora uma criança normal: muito feliz e viciada em legos. Até que uma doença degenerativa apareceu e levou tudo o que ele tinha e o filho que os pais tanto amavam. O garoto perdeu os movimentos e a consciência. Porém, durante o tratamento, ele foi recuperando aos poucos a consciência, no início ele lutava pra que o percebessem, pra que não o tratassem como mero objeto. Tentava fazer movimentos, mas todos os seus membros não respondiam aos seus comandos como deveriam e simples abaixadas lentas de cabeça eram consideradas como movimentos involuntários que pessoas nesse estado tinham constantemente.

E foi só naquele momento, aí sentir os braços de meu pai me segurando de pé e a sua força me mantendo firme, que percebi que o seu amor era forte o suficientemente para me proteger de um oceano


Depois de 6 anos tentando lutar para ser visto, ele aceitou o seu papel de observador e aprendeu a ser prisioneiro do seu próprio corpo da melhor forma possível. Acompanhamos diversos de seus pensamentos, como por exemplo um relógio passando, e assim entendemos tudo o que se passa na cabeça do protagonista e como que ele vê o mundo. Durante esses pensamentos, somos apresentados à algumas histórias antigas e conhecemos um pouco mais da sua família e de seu cotidiano.



Tudo começa a mudar quando Virna aparece. Ela é uma das mulher que cuida dele, mas, diferente das outras, Virna acredita que de alguma forma alguma coisa dentro de Martin é diferente dos demais pacientes da clinica. Ela vê alguém naquele corpo praticamente inútil, é a primeira a ter fé. Depois de convencer a família de fazer uma série de testes, eles realmente afirmam que sim, ele é diferente!

A sua fé em mim é tão forte que preciso retribuir

Já se passando um ano depois do teste feito, um software chega pra mudar a sua vida. Martin e sua mãe passam dias adicionando palavras em seu vocabulário virtual no computador. O garoto aprende de tal forma que começa a quase já fazer sozinho. Aprende a lidar com seu computador e aos poucos começa a ter um pouco de controle sobre a mão direita, o que lhe ajuda.



Depois desse meio de comunicação, vemos um salto enorme na vida dele. Por ser um caso raro, começa a participar de vários congressos médicos e depois de alguma luta, consegue o seu primeiro emprego! E logo depois mais outro. Quando vemos ele já está trabalhando na antiga clinica ajudando com a manutenção dos computadores, trabalhando no campo que foi tratado e assim por diante. A partir desse momento vemos que houve um grande salto e que até as preocupações e limitações dele começam a mudar: antes ele só observava o amor, agora ele deseja um; antes ele desejava um meio de se comunicar, agora ele anseia por diferenças de intonações e espaçamentos que definam a fala.

Por mais que eu tente não me preocupar, acho quase impossível aceitar que o meu desejo de amor que arde tão fortemente dentro de mim nunca será retribuído



Com noção das suas dificuldades e deficiências, ele começa a aceitar que nunca terá o tão desejado amor em sua vida, afinal, já se declarou algumas vezes e não foi correspondido. Eis que um dia estava conversando por skype com sua irmã e duas amigas dela, que ele se apaixona. Podemos dizer que não foi um amor de mão única, mas, além da distância nesse possível relacionamento, encontramos toda a dependência do Martin para viver e familiares e amigos que ficam desconfiados - além de olhares tortos que eles com certeza sempre receberão.

Afinal, o amor é outra forma de fé. Eu sei que o nosso é real e tenho plena fé nele.



Esse é o enredo base, o autor, e próprio personagem, conduziu tudo de forma maravilhosa! Tenho certeza que foi um livro que já inspirou milhares de pessoas, assim como me inspirou. Muitas vezes reclamamos por tão pouco e fazemos das nossas barreiras tão grandes quando elas nem se comparam com 1/3 das enfrentadas por Martin. Conforme o livro vai avançando, ele revela algumas das coisas que ele já sofreu nas diversas clinicas: ser obrigado a comer comida pelando, horrível e rápido, quando ele preferiria até ficar sem comer, mas nunca conseguir externar isso. Pegadas muito fortes, olhares vazios e até abusos. E, realmente por tudo o que ele passou, é exemplar o comportamento, visão de vida e vontade de continuar vivendo.

É a fé dela em mim que me diz que estou certo em arriscar tudo por esse amor

Além disso, também observamos o lado mais profundo da família. Como a mãe sofreu com o acontecido, como ela foi aos poucos desistindo de ter fé e como ela se arrepende de diversas atitudes quando Martin "reaparece" para a família.



Enfim, é um livro extremamente recomendado, com lindas lições. O único porém foi que o final se desenvolveu rápido demais, eu queria saber o dia seguinte, e já se passava seis meses. Mas é compreensível, pois o livro ficaria muito longo, então creio que essa foi a melhor medida adotada mesmo. É um livro cativante, emocionante e realmente comovente! Vale a pena ♥

Nenhum de nós sabe o que consegue aguentar até que nos seja pedido

Se cada um tivesse a metade do amor e da vontade de viver que Martin tem, o mundo realmente seria um local muito melhor

Espero que tenham gostado ♥
XOXO

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Resenha: Boneco de Pano (✮✮✮✮)

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 Olá, leitores!

Título: Boneco de Pano
Autor: Daniel Cole
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
Classificação: (★)


Boneco de Pano é, sem dúvidas, uma obra promissora do autor recém-lançado no mercado editorial, Daniel Cole. Existe uma poderosa mitologia por trás das obras policiais britânicas, consideradas, de modo geral, como de altíssima qualidade. Autores como Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e Gilbert Keith Chesterton são apenas alguns exemplos a citar, e o grande questionamento da mídia, com relação ao livro que intitula essa resenha, é: será que Daniel Cole será capaz de adentrar o hall da fama dos autores britânicos? Seu título, Boneco de Pano, apresenta logo no início um assassinato bizarro: um corpo à la Frankenstein, composto pelas partes de outros seis corpos mutilados, é descoberto pela polícia, repousando como uma marionete logo em frente ao apartamento do protagonista da narrativa, o detetive William Fawkes (também conhecido como Wolf). Pouco depois da descoberta do monstruoso cadáver, o assassino lança um desafio à polícia: uma lista com o nome de suas próximas seis vítimas, cada uma com data de morte marcada, é enviada para a ex-mulher de William, sendo a última vítima... ele próprio. Logo, a trama gira em torno da corrida contra o tempo de Wolf e seus companheiros de Departamento para salvar as futuras e declaradas vítimas, enquanto precisam identificar as vítimas que compuseram o cadáver híbrido já encontrado e tentam ao mesmo tempo identificar o assassino. Não é uma trama simplória, mas será ela capaz de dar a Cole o título de mais novo autor “cult” da Inglaterra? Difícil dizer.


A leitura do livro é bastante fluida. O autor não se utiliza de muitos floreios de linguagem e opta por descrever cenários e cenas com um detalhamento sucinto, mas funcional. Percebe-se também uma diferença digna de nota entre a estrutura deste título e de outros títulos do gênero: enquanto nos outros a investigação é conduzida sumariamente por um único detetive (eventualmente acompanhado por um assistente), aqui a investigação se desenrola em diferentes níveis, com a participação constante de outros personagens, além de Wolf. Fica evidente desde o início da leitura o dinamismo que isso traz à narrativa. É notória também a presença de um humor negro sutil e sem muitos filtros, ao longo das cenas. Algo tipicamente inglês por si só. O uso desse humor, contudo, não destoa do tom da trama, pelo contrário: condiz totalmente com a atmosfera ligeiramente mórbida, hostil e irônica da história.

“- [...] E pode ir se preparando: depois que vocês dois entrarem naquela Sala de Interrogatórios, não têm hora para saírem de lá.
- Nem mesmo uma estimativa?
- Vão precisar esperar até que tenhamos absoluta certeza de que o prefeito não está correndo nenhum tipo de risco.
- Fique tranquilo, levo um balde para você – disse o arrogante detetive Saunders, achando muita graça na própria piada.- Na realidade eu estava mais preocupado com o almoço – afirmou Wolf. ”

As jogadas que o autor usa para desenvolver o mistério ao longo da leitura são bastante inteligentes. Cole consegue, na medida do possível, guardar a solução do caso para o final da trama, muito embora algum leitor mais empenhado e atento possa vir a desconfiar do possível desfecho. As personagens também são razoavelmente bem desenvolvidas. Contudo, existe uma certa limitação nesse quesito, tendo em vista, por exemplo, a linguagem totalmente em terceira pessoa adotada para servir à narrativa. Não vamos muito a fundo nos pensamentos e motivações das personagens. Ainda assim, o autor consegue contornar esse empecilho com alguma desenvoltura. As personagens também são suficientemente carismáticas para que esse detalhe acabe passando batido. Cada ser que compõe a trama é bastante único, e facilmente diferenciado dos demais. Suas tramas paralelas também servem como aperitivo e fio condutor do mistério, direta ou indiretamente.

“[...] Ao passar por baixo do cordão de isolamento, olhou de relance para a estátua da deusa da Justiça que observava a tudo do alto do prédio, depois levantou o capuz do casaco e se jogou no mar de guarda-chuvas pretos, atropelado por uns e atropelando outros, indiferente à irritação de todos.Nenhuma daquelas pessoas fazia ideia do monstro que passava por elas: um lobo em pele de cordeiro.”
O problema principal acaba sendo o final. O desfecho e sua explicação acabam ficando um pouco inconsistentes ao olhar do leitor. O antagonista é construído com extrema astúcia do autor ao longo do livro, cometendo crimes e mais crimes de forma genial e ardilosa. Entretanto, a forma como seu desenvolvimento é conduzido na parte final da trama deixa a desejar. O conflito derradeiro acaba soando como uma solução um pouco forçada e conveniente demais. A impressão que se passa é que a editora obrigou o autor a cortar páginas da edição final do livro e ele precisou encurtar o fechamento do mesmo.


A despeito dos eventuais deslizes cometidos por Cole, entretanto, é inegável que a trama é realmente cativante e prende o leitor em pelo menos 80% do tempo. Concebido originalmente como um protótipo de seriado de TV, o enredo é bem pensado e planejado, e mesmo que deixe a desejar em determinados pontos, não parece deixar pontas soltas, apesar dos rumores (apenas rumores e nada mais) de uma possível continuidade da saga de Wolf em possíveis livros futuros. O que também não seria nenhuma surpresa: vindo da Inglaterra, uma nova saga de um detetive não passa do cumprimento de uma tradição. E ainda que o livro não tenha obtido, a princípio, o êxito máximo a que sua execução se propunha, continuações certamente seriam muito bem-vindas, por todo o potencial que Boneco de Pano apresenta e aproveita bem na maior parte do tempo!

Por: Isaac Duarte 

Leituras de 2017 até Junho

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Olá leitores, tudo bem??

A gente sempre estabelece mestas e mais metas, certo? Justamente por isso eu resolvi compartilhar o andamento das minhas leituras do ano até o mês de Junho. A meta anual é ler cerca de 52 livros, um por semana.



Foram 13 livros lidos (vamos ter que correr nas férias hehe), que dá um saldo de 2 por mês - e mais um.

Outros livros resenhados:
Coloquei um coração ao lado dos que eu mais gostei, assim já fica de dica pra quem ainda não conferiu a resenha deles :)

E vocês, quantos livros já leram até agora?? 
Estão muito longe da meta estabelecida?


XOXO

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