A Morte da Literatura

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Meu professor decretou a morte da literatura. Em 500 anos ela acaba. Mas, claro, ele também mostrou o outro lado da moeda: seu amigo, mais otimista, dá 5.000 anos.

Independente do tempo, a vida sem a literatura com certeza não será a mesma. Na pintura, a gente aprecia uma imagem e reflete um sentimento por ela. No cinema, acompanhamos uma história, nos emocionamos, mas sem tanta profundidade. Na música, sentimos, sentimos muito - até carregamos alguma história vez ou outra - e é basicamente isso. Mas na literatura a gente acompanha bem de perto. A gente presta atenção em cada passo, em cada ação. A gente pode temer, chorar, rir e desvendar. E tudo com uma riqueza de detalhes.

Cada arte tem sim a sua peculiaridade. E eu realmente amo cada uma delas. Mas a morte da literatura foi muito pesada pra mim. É como dizer que eu não vou mais viajar pra Los Angeles com a Fani, que eu não vou mais ter a certeza daquele final feliz com a Julia Quinn ou com a Nora Roberts, que eu não vou mais perceber as contradições tão claras e sutis do amor em Camões e nem me projetar nos monólogos intimistas da Clarisse Lispector.

Nada nesse mundo se compara à sensação de virar uma folha de papel físico. De folhear e cheirar as páginas. De chegar no meio de um livro. De passar do meio, e de ter uma relação de felicidade e tristeza por ter acabado de viver mais uma obra e história.


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XOXO

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