Resenha: O Sol também é uma Estrela (★★★★)

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Olá leitores, tudo bem??

Hoje tem resenha de um dos melhores livros lidos em 2017 (já já vocês entenderão o porquê de ele não ter ganhado nota máxima). Vamos lá?!

Título: O Sol também é uma Estrela
Autor: Nicola Yoon
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Classificação: (★)


A protagonista desse livro é a Natasha (sim, meu nome), uma garota que ama ciência, é extremamente racional e só acredita em coisas comprovadas. Sua família é de origem Jamaicana e estão morando ilegalmente nos EUA. Desembocaram no país por causa de um sonho do pai da protagonista: ser ator. E, justamente por conta deste mesmo sonho, eles terão que abandonar o país - após a sua primeira peça, depois de muitos anos tentando a carreira sem sucesso, ele foi pego dirigindo embriagado e descobriram a ilegalidade da família.

E a rejeição não era uma coisa fácil. Para ser ator é necessário criar uma casca, mas a de Samuel nunca era grossa o bastante. A rejeição parecia lixa. E sua pele foi se desgastando sob o ataque constante. Depois de um tempo, Samuel não sabia direito o que duraria mais: ele mesmo ou seus sonhos.

Natasha culpa o pai por ter que deixar a sua cidade amada e acredita que não deve levar a culpa por causa dos erros dos outros. Afinal, mudar de cidade no ensino médio é complicado! Ela vê uma barreira enorme quando pensa em deixar seus amigos, sua escola, formatura e o futuro em uma boa faculdade. Por isso, resolve procurar alguém que possa ajuda-la a modificar o parecer do juiz.

Às vezes o mundo da gente balança com tanta força que é difícil imaginar que quem está ao redor não perceba também.


Outro personagem que ganha destaque no livro é o Daniel, que é totalmente o oposto de Natasha: é completamente emocional, almeja seguir os seus sonhos, quer ser poeta, é coreano e está sendo "obrigado" pelos pais a fazer audição para medicina na Yale.

É justamente no dia em que Natasha sai em busca de algum milagre - apesar de não acreditar realmente neles - pra permanecer nos EUA e Daniel vai fazer uma entrevista com um ex-estudante de Yale que a vida deles se cruzam.


No decorrer da leitura observamos como os acontecimentos e as atitudes influenciam a nossa vida, mas também a vida das pessoas que estão ao nosso redor. Uma série de fatos desembocam em um cruzamento dessas duas pessoas, e alguns outros fazem com que ele tenha a oportunidade de convidar a garota para um café. Ela, claramente não gostando muito da ideia, pondera pois é o mínimo que ela poderia fazer após o Daniel ter, literalmente, salvado a sua vida - Natasha quase fora atropelada.

O problema de se apaixonar, de cair de quatro, é que a gente não tem o controle da queda.

Durante a conversa observamos claramente a divergência de pensamentos dos dois: racional x emocional, cético x acredita no destino, etc. Assunto vai, assunto vem e a conversa desemboca em um tópico pertinente: apaixonar-se. Natasha acredita que tudo é questão de reações químicas e realmente só acredita na ciência. Daniel acha um estudo comprovado que diz que se você fizer determinadas perguntas à uma pessoa e se olharem por determinado tempo, é comprovado que se apaixonarão. E o jogo começa! Natasha não acredita, mas Daniel é insistente.

Não é possível convencer alguém a amar a gente.


Esse é o enredo do livro. Não parece ser muita coisa, mas apesar de aparentar ser maio raso, ele lida muito bem com todo o "recheio". Conhecemos a relação do pai de Natasha com a família e entendemos o lado de ambos, principalmente o motivo da protagonista nutrir um certo rancor pelo pai, a relação do Daniel com seu irmão mais velho também é bem explorada, os personagens secundários são muito bem delineados e, justamente por isso, conseguimos acompanhar - pelo menos parte - da vida da família de ambos, de um segurança que aparece no decorrer da história, uma secretária, uma segurança, um advogado, dentre outros. 


Como já foi mencionado, é um livro que aborda as consequências dos atos, o destino, o dominó de acontecimentos, relações familiares, amorosas, preconceito, o "medo" da pobreza, modelos estabelecidos e diversos outros tópicos.

Achei o livro simplesmente maravilhoso! É narrado principalmente por Natasha e Daniel, em capítulos alternados, podemos assim ver ambos os pontos de vistas. Mas volte e meia encontramos capítulos com outros narrados ou até sobre algo específico (ilustrado nas fotos do post). A linguagem é super acessível, contemporânea, fluída e cativante. Mas, depois de tantos elogios, preciso explicar pela nota 4/5... O motivo foi o final. O livro tinha TUDO e mais um pouco pra ser o melhor de 2017, mas eis que o final ataca e tira esse posto - infelizmente tenho que parar aqui pra não soltar nenhum spoiler. 


Apesar disso, eu recomendo, sim, pra todos que puderem ler. É um livro que provoca diversas reflexões, é bem rápido, rende ótimos ensinamentos e super vale a pena! E também tem grandes chances de você, leitor, gostar do final que não me cativou.


Somos capazes de grandes vidas. De uma grande história. Por que aceitar menos? Por que escolher a coisa prática, a coisa corriqueira? Nós nascemos para sonhar e fazer as coisas com as quais sonhamos.
Um último adento sobre a minha experiência em ler um livro com uma protagonista com o meu nome: demorei pra me acostumar e é ainda mais inevitável a gente acabar reparando mais com o que nos identificamos ou não. Tinha vontade de sair falando pra todo mundo "olha, está escrito 'Natasha', é o meu nome, sabia?" hehehe

Você já leu algum livro em que tinha uma personagem com o seu nome? Como foi a experiência?




Espero que tenham gostado ♥
XOXO

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