Resenha: Bolerus (★★★★)

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Quem já viu o vídeo postado semana passada no canal, já vai reconhecer um pouco do que eu falei por lá, aqui na resenha. Espero que gostem <3


Título: Bolerus
Autor: Vanderley Sampaio
Editora: Grupo Editorial Scortecci
Páginas: 118
Classificação: (★)


Bolerus é um livro de poesias. Assim que iniciamos a leitura percebemos o conhecimento do autor. É diferente de um livro que contém alguns poemas como teus casos meus ou amor à moda antiga, ambos já resenhados aqui no blog, em Bolerus sentimos o lado teórico, racional, falar mais alto ou, tão alto quanto o que o sentimento.



Cansei-me de tudo
Cansei-me do mundo
Cansei-me no fundo
De me atormentar
(Acostumar)



Começamos a leitura de Bolerus sentindo, como Rose Almeida fala no prefácio, que o autor tira a poesia para dançar. Encontramos assuntos de cunho mais existencial, algumas coisas mais banais do dia-a-dia e até sentimentos que afloram no decorrer da vida. Quando lemos, sentimos a teoria poética presente ali. De longe, não foi algo feito por acaso. Em algumas páginas encontramos reais desenhos com palavras.

O autor consegue fazer algo complexo ser simples e de fácil entendimento. É aquele livro de poesia que nos faz ficar tentando questionar o que se passava na cabeça do autor enquanto aqueles versos eram criados - e se realmente se passava algo na cabeça.


Outra coisa positiva foi que, logo no início, encontramos uma poesia que, provavelmente, deu o nome ao livro – ou vice e versa – explicando o motivo e, no fim, através de dois poemas nos despedimos do livro – o que deu um toque muito especial e um ar de conclusão.



Divagar nem sempre é perder-se
em devaneios insólitos!
Pode até ser um meio
para encontrar explicações
para aquilo que não se explica!
(Inação)

É um livro leve, rápido de ler, que proporciona algumas reflexões e que pode ser degustado tanto em uma tarde, quanto deixado na mesa de cabeceira para ser consumido aos poucos. Mais que recomendado!





A coerência
tornou-se incoerente.
(Devaneios)



Segue abaixo alguns versos anotadas durante a leitura <3:

É por esse alívio artificial que eu clamo!
A cura, eu sei impossível.
Queria apenas alguns momentos
de uma ilusória alegria.
(Saudade infinita)


E o nada
pode ser
do tamanho
do mundo todo
(...)
(Uma tristeza)


Quase sempre me sinto assim:
um quase não, um quase sim;
nada de concreto,
Apenas algo abstrato.
(Algo abstrato)


Como o desânimo é maior
do que a vontade,
simplesmente fico,
para o dissabor da chuva
que continua a me atormentar.
(A chuva)


E se nada faz sentido pra você,
Reprograme o seu cérebro
para aceitar o sem sentido,
embora, às vezes, o com sentido
seja o que deveria não ser.
(Sem sentido)


Acho que não faço parte do que vejo
ou insisto em não ver o que eu sou.
(À deriva)


Espero que tenham gostado da indicação <33
XOXO

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2 comentários:

  1. Não tinha ouvido falar sobre esse livro até agora. Amei a capa e ja fiquei curiosa para a leitura embora ainda não tenha lido nenhum livro desse tipo. Comprei o "outros jeitos de usar a boca" e ainda não comecei a ler, não vejo a hora *-*
    Beijos
    N E O D E S V A R I O

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    Respostas
    1. Que bom que despertou seu interesse!! É muito bom :)

      Ah, estou doida pra ler esse!!!

      Beijos

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