Hoje o post é bem rápidinho! Só pra avisar que tem uma tag nova bem legal lá no canal. Vem ver ♥
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XOXO
São os nossos sonhos que nos fazem ser quem somos. Todo mundo tem responsabilidades e compromissos; o truque é equilibrá-los em uma vida que também a faça feliz e realizada.
O fulgor do meu ideal me cegou; a vida, quando não me fosse traduzida em poesia, aborrecia-me.
Mais ou menos é assim o subúrbio, na sua pobreza e no abandono em que os poderes públicos o deixam. (...) o subúrbio é o refúgio dos infelizes. Os que perderam o emprego, as fortunas; os que faliram nos negócios, enfim, todos os que perderam a sua situação normal vão se aninhar lá; e todos os dias, bem cedo, lá descem à procura de seus amigos fiéis que os amparem, que lhes deem alguma coisa, para o sustento seu e dos filhos.
As modinhas falam muito de amor, algumas delas são lúbricas até; e ela, aos poucos, foi organizando uma teoria do amor, com os desencantes do pai e de seus amigos. O amor tudo pode, para ele não há obstáculos de raça, de fortuna, de condição; ele vence, com ou sem pretor, zomba da Igreja e da Fortuna, e o estado amoroso é a maior delicia da nossa existência, que se deve procurar goza-lo e sofre-lo, seja como for. O martírio até dá-lhe mais requinte...
E ela vivia toda entregue a um sonho lânguido de modinhas e descantes, entoadas por destroços cantores, como o tal Cassi e outros exploradores da morbidez do violão. O mundo se lhe representava como povoado de suas dúvidas, de queixumes de viola, a suspirar amor. Na sua cabeça, não entrava que a nossa vida tem muito de sério, de responsabilidade, qualquer que seja a nossa condição e o nosso sexo. Cada um de nós, por mais humilde que seja, tem que meditar, duramente a sua vida(...).
Pois tu não sabes que a poesia pra mim é a minha dor e é a minha alegria, é a minha própria vida? Pois tu não sabes que tenho sofrido tudo, dores, humilhações, vexames, para atingir o meu ideal? Pois tu não sabes que abandonei todas as honrarias da vida, (...) unicamente pra não desviar dos meus propósitos artísticos?
Entretanto, elevou-me aos meus propósitos, perante a minha consciência, porque cumpri o meu dever, executei a minha missão: fui poeta! Para isto, fiz todo o sacrifício. A arte só ama a quem a ama inteiramente, só e unicamente; e eu precisava amá-la, porque ela representava, não só a minha Redenção, mas toda a dos meus irmãos, na mesma dor. Louco?!